sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ma ke jete, mosse





A espuma dos dias tritura as horas boas, as más e as outras.

António José Sereno foi a casa abonar-se de umas sandes para, mais tarde quando acalmar o mar, se lançar para a pesca no penedo da saudade depois de fintar 2 ou 3 geninhos que andam d'olho nele. Puxa vida!

Futurama


O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se termina e o futuro começa. Desde este ponto toma seu princípio a nossa História, a qual nos irá descobrindo as novas regiões e os novos habitadores deste segundo hemisfério do tempo, que são os antípodas do passado. Oh que de cousas grandes e raras haverá que ver neste novo descobrimento!
Às vezes, no descanso das cautelas, folheio a velha sebenta do Dr. Agostinho e embrenho-me pela ditosa prosa do Padre António Vieira.
Outras bebo um copo na tasca do Aurélio e vou vendo os seus desenhos surreais.
O mundo é uma casca.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Segredo para o sucesso!





No final desde post, o leitor deverá ser capaz de ter sucesso em Portugal.
Comece por encomendar um "canudo" ao Domingo numa universidade privada em vias de ser extinta, torne-se Engenheiro graças aos professores seus amigos, assine projectos na sua terra natal sem os acompanhar, e finalmente, embeleze o seu currículo vitae favorecendo obras aos seus primos e tios em áreas protegidas! Vai ver que resulta!

Solução para a crise em Portugal







É fácil - basta que o Governo dê dinheiro aos empresários (principalmente os do Norte de Portugal) para modernizar e aumentar a competitividade!

Depois é só ver onde foi investido: carros de luxo; aumentos de mordomias para as administrações; viagens e férias faraónicas, mansões....

No final faz-se o Saldo: O TRABALHADOR PORTUGUÊS NÃO É COMPETITIVO, NÃO SABE ADAPTAR-SE ÀS NOVAS TECNOLOGIAS, NÃO TERMINOU O ENSINO SECUNDÁRIO, É RUDE, É BURRO, É MALANDRO (quer subsídios e casas da Câmara), ect...

Plataforma de fundos comunitários



Vivam os fundos comunitários para alimentar nações parasitárias que, à sombra do socialismo, crescem em desigualdade e corrupção!

Luxo, lixo, lexívia





As pessoas que se encontram em escassez alimentar, luta pela sobrevivência, emprego precário, habitação cara, falta de recursos para tratar da saúde, não têm muita disponibilidade para a sua participação cívica e democrática. A pobreza não afecta apenas a vida, mas também a qualidade da democracia e é por isso que este país parasitário é uma merda.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dobram os sinos






Se não fossem as tangerinas, o grão de bico, a prenda de Natal da bisavó, as lentilhas, a água da torneira, os trocos esmiuçados a pormenor, os olhares brancos, os restos de amizade que ainda pairam, não fosse o clima....

Programa de Intervenção Pedagógica

Há mar e mar, pegar na enxada e cavar. Ainda vamos é todos semear batatas. Em breve, poderei dar formação teorica na matéria. Já estou a elaborar o Programa de Intervenção Pedagógica, nos seguintes módulos:

1) Introdução à enxada (componente sociocultural):
Contextualização histórica da agricultura portuguesa - do neolítico à política agrícola comum; Tipologias e diferentes categorias de enxadas; Enxadas analógicas versus Enxadas digitais; Casos especiais - o sacho;

2) Técnicas de utilização da enxada (componente técnico-científica)
Handling correcto em cenário real de trabalho rural; Optimização de covas e buracos em terrenos rochosos e particularmente resistentes; Resolução de problemas técnicos ao nível do utilizador; Configuração da enxada por software;

3) Avaliação Final
No final da formação, o formando será capaz de manusear a enxada para obter da terra, batatas, couves e outros produtos biológicos para complementar o sustento em desemprego prolongado.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A vida no pântano


José Viriato não foi trabalhar hoje. Ontem enfrascou-se na tasca. O Benfica do seu coração perdeu o jogo, e por isso, deu mais uma sova na mulher.

Deixou a roupa a secar à porta da casa, onde o musgo nas paredes espelha a miséria de ser português de segunda.

As botas de borracha, a cadeira de plástico barato e o desmazelo espelham como é realmente a vida no Algarve de luxo.

Amanhã começa tudo de novo, quando as calças imundas secarem e a bebedeira passar.

Esta fotografia foi tirada em Fevereiro de 2009, nos arredores de Portimão.

Estamos a ficar cansados disto tudo.

Só já falta calçar as botas do José Viriato para chapinhar neste pântano cada vez mais alagado em desemprego, pobreza e injustiça social.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

À espera que a ponte...





Let us pause in life's pleasures and count its many tears
While we all sup sorrow with the poor.
There's a song that will linger forever in our ears,
Oh, hard times, come again no more.'
Tis the song, the sigh of the weary.
Hard times, hard times, come again no more.
Many days you have lingered all around my cabin door.
Oh, hard times, come again no more.
While we seek mirth and beauty and music light and gay.
There are frail forms fainting at the door.
Though their voices are silent, their pleading looks will say.
Oh, hard times, come again no more.
'Tis the song, the sigh of the weary.
Hard times, hard times, come again no more.
Many days you have lingered all around my cabin door.
Oh, hard times, come again no more.
There's pale drooping maiden who toils her life away
With a worn out heart, whose better days are o'er.
Though her voice it would be merry, 'tis sighing all the day,
Oh, hard times, come again no more.
'Tis the song, the sigh of the weary.
Hard times, hard times, come again no more.
Many days you have lingered all around my cabin door.
Oh, hard times, come again no more.
'Tis the song, the sigh of the weary.
Hard times, hard times, come again no more.
Many days you have lingered all around my cabin door.
Oh, hard times, come again no more.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Trip










Na busca do feedback (pão para a alma). As coisas correm ao seu ritmo: das chuvas, do estio, da paranóia, do desfibrilhamento, da inglória, de um ou outro arrebique, da sobrevivência.
A receita é viver entre gemidos e queimaduras entre carrascos e tecituras entre a amizade e a loucura, viver enquanto dura.
Ir e retornar da missão comprida.


Vou cantar uma entrelinha de fado para não esmorecer.


Sinto falta da minha horta e isso que importa?